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terça-feira, 5 de outubro de 2010

A importância das Fanfics - Fanfic de O Vale dos Anjos

Boa Noite leitoras e leitores!

Seguindo a correria da minha vida literária estou preparando o kit para o sorteio no twitter! Espero que todos estejam participando, pois é uma oportunidade única!

Quanto ao blog eu havia prometido falar um pouco sobre as fanfics. Esse é um trabalho feito por fãs de séries sejam elas de livros ou mesmo de filmes e tem o intuito de enriquecer a trama como um todo. Essa grande frebre começou com o Harry Potter e hoje tem se tornado um meio muito interessante de não só acrescentar elementos a uma série como também auxiliar aqueles que buscam escrever um livro e vêem nas fanfics a chance de começar a praticar a sua escrita e a criar a sua própria história. E o interessante disso é que existem fanfics que acabam se tornando livros comerciais e o autor até consegue publicar o material escrito.


James Potter - A Fanfic que deu certo




Eu recomendo a todos que buscam começar a escrever, mas ainda não possuem uma idéia fixa de livro a começar com fanfics. Elas tem a vantagem de já lhe proporcionar um mundo pronto, personagens criados e uma história montada e isso facilita e muito na criação de uma fanfic, já que você precisa apenas dar continuidade. Eu mesmo antes de escrever O Vale dos Anjos cheguei a escrever algumas fanfics de Harry Potter que se perderam no meu HD queimado por um raio :-(

E se tratando de fanfics nada como mostrar a primeira fanfic feita para O Vale dos Anjos. Eu como autor do livro me sinto honrado em ter uma fanfic feita em nome da minha obra e digo que qualquer um que realizar tal trabalho pode mandar que será divulgado e analisado com o maior carinho.













Fanfic - O Vale dos Anjos - Por Luiz Ehlers editor chefe da revista Fantástica




Mais uma vez aqueles barulhos. Aquele som irritante de um bip pulsando aos meus ouvidos. Havia alguns gemidos constantes de dor ao fundo. Quando os escutamos tão seguidos eles chegam a formar uma espécie de sádica sinfonia de dor. Não havia como evitá-los, pois eu mal conseguia me mexer naquela cama. Era uma sensação terrível e havia um pavor de que quando tentasse, meus braços e pernas não responderiam mais.

Mais uma vez, eu estava naquela sala pálida de hospital. Foi outra briga. Acho que não tem jeito mesmo, mas simplesmente não consigo me conter quando falam dela. Mariah é especial demais para mim. Não poderia admitir que aqueles homens imundos a tratassem daquela forma, com tanto desrespeito. Não há outra forma de tratar pessoas assim como eles. Eu, pelo menos, não vejo.

Não sei ao certo quanto tempo fiquei naquela sala sob a tortura dos sons. É muito fácil perder a noção de tudo quando apenas posso olhar para um teto branco e um ventilador velho movendo-se com dificuldade e me hipnotizando.

Eu ficava esperando o tempo passar, sempre ansioso pela visita dela. Quando Mariah vinha me ver, meu coração disparava. Ela era minha esposa há algum tempo, mas mesmo assim eu ainda sentia um desejo louco quando a via. Era exatamente a mesma do momento que nos conhecemos. Aquilo não me parecia normal, pois já fazia tanto tempo e o desejo deveria ter diminuído. Ela era tudo para mim.

Acho que minha expressão se iluminava com a sua entrada naquela sala branca e fria. Eu não podia falar com ela, minha boca estava ferida demais e eu apenas me manifestava por movimentos dos olhos, que se enchiam de lágrimas ao vê-la. Meu coração se partia em tantos pedaços quando a via chorar na cadeira ao lado da cama. Tinha uma vontade louca de beijá-la, mas não podia. Estava impedido por aquela prisão de gesso em volta dos meus membros. Tinha vontade de rasgar tudo e pular sob ela tamanho era o meu desejo.

Tive os mais belos sonhos com Mariah enquanto enfrentava os efeitos fortes dos remédios contra dor. Tudo ficava muito confuso quando as enfermeiras vinham injetar aquele líquido gelado sob meu sangue corrente. Embora bonitos, os sonhos e imagens perdiam o controle na minha mente. Sentia como se estivesse louco, mas eu não poderia ficar, tinha que voltar para Mariah. Cada célula do meu corpo sabia disso e eu tinha a certeza de que todas elas estavam trabalhando mobilizadas com este propósito: rever Mariah e amá-la para sempre.

Com um brilho forte e alvo vindo de uma pequena janela, a única daquela sala, acordei assustado. Estava sem o gesso e podia me mover normalmente. Meu corpo ainda doía um pouco, mas mesmo assim levantei. Deparei-me com uma figura alva próxima à cama. Ele tinha uma aparência jovem e um olhar sereno. Apresentou-se como Obelisco e com uma voz mansa me deu a mais terrível das explicações que tive: eu estava morto e ele era um anjo. Como qualquer pessoal normal, caí na gargalhada diante daquela explicação absurda e achei que ele não passava de um louco que tinha escapado de algum canto daquele lugar maldito que me mantinha longe de Mariah.

Para vencer a minha descrença, Obelisco passou sua mão levemente sob a guarda da cama e atravessou-a como se fosse feito de fumaça. Fui tomado de pavor ao ver aquela cena e me desesperei tentando atingir tudo que via pela minha frente. Contudo, da mesma forma que Obelisco, meus membros raivosos atravessavam todos os objetos que tocavam e aquilo parecia me irritar mais ainda. Caí no desespero porque me lembrei de Mariah, se eu tivesse morrido significava a tão temida distância de minha amada. As palavras de consolo e pedidos de calma de Obelisco de nada adiantavam, não conseguia deixar meu pavor e a ira de lado.

Depois de muito me debater, senti um desgaste e me encolhi ofegante em um canto. Obelisco, que havia ficado parado durante meu ataque, aproximou-se acolhedor. Ele me explicou que eu não pertencia mais a este mundo. A maneira como ele falava tudo parecia muito simples, mas eu sabia que não era. Não poderia aceitar aquela situação, não iria ficar longe da minha Mariah.

Obelisco contou-me sobre um lugar chamado de Vale dos Anjos, que é para onde iríamos. Tudo era tão absurdo e irreal que apenas me irritava mais. Minha cabeça estava quase voltando ao mesmo descontrole que tive na briga que me levou ao hospital. Cada vez mais olhava com ódio para aquele ser calmo e angelical que tentava me separar de minha querida Mariah. Depois de uma longa e maçante explicação sobre o que era o tal Vale dos Anjos, Obelisco estendeu sua mão. Era hora de irmos. Ao menos era o que ele pensava, mas não era a minha hora, eu sabia que não.

Recusei o convite daquele anjo e tentei sair de perto dele. Corri desesperado o mais depressa possível. Meu corpo parecia mais leve e ágil. Corri tanto que perdi o fôlego. Quando fiquei ofegante percebi que a explicação sobre a morte não poderia ser verdadeira. Obelisco não passava de uma alucinação dos remédios. Esta era a explicação mais sensata. Eu trabalhava com informática, era um homem lógico e não poderia acreditar que existia algo assim. Porém, enquanto afirmava aquelas conclusões à minha mente, Obelisco apareceu do meu lado explicando os porquês daquelas sensações de cansaço. Falou-me que o desgaste de energia espiritual era o mesmo que de física. Mais uma vez ele veio com aquelas teorias absurdas. Ele novamente estendeu a mão e disse que eu poderia correr o quanto quisesse que ele iria continuar me perseguindo. Esta era a sua função como anjo.

Eu queria destruir aquele ser irritante. Estava com mais raiva do olhar sereno de Obelisco do que dos homens que eu havia lutado antes. Senti meu sangue ferver novamente, como se estivesse vivo. Fechei meus punhos com meu corpo em chamas de raiva contra aquele ser tão angelicalmente maldito. Obelisco me olhava com calma e incredulidade, como se estivesse debochando da minha capacidade. Avancei contra ele segurando firmes os meus punhos e o atingi. Minhas mãos ficaram presas naquela forma etérea que ele era. Obelisco se debateu surpreso. Algo aconteceu que ele não esperava. Como um vampiro, meu corpo passou a absorver toda aquela essência doce de anjo. Ele debatia-se em desespero, o que apenas aumentava a minha sensação de ira contra aquele ser. A luz de Obelisco foi definhando, assim como sua face perfeita que se desfez em um desespero que nunca havia experimentado.

Depois de absorver toda a energia espiritual, meu corpo ganhou forma. Eu estava vivo novamente, não conseguia mais atravessar os objetos. Minha carne havia voltado, eu estava livre daquele pesadelo e poderia voltar para Mariah. Foi o que imediatamente fiz.

Naquele momento eu não tinha me dado conta do quão especial era. Havia algo de diferente em mim. Eu era capaz de absorver aquela energia tão doce e me manter vivo, porém o efeito era finito. Eu não sabia o que causou isso, nem mesmo o que me fazia diferente, apenas tinha a certeza de que por amor a Mariah, para me manter ao lado dela eu havia me tornado um predador. Depois daquele dia eu sentia a presença e caçava aqueles seres especiais que me mantinham vivos. Tornei-me algo que não sei definir, mas dependente da energia deles, de sua essência. A destruição deles era o que me mantinha perto do meu amor, eu não hesitei e tornei-me um caçador de anjos, frio e sedento. Era isso que o meu amor exigia e era isso que me movia na caminhada sanguinária de cada dia.

Neste momento sigo um rastro de mais um deles. Dirijo-me à casa de uma adolescente que cheirava como eles. Seu nome era Pietra e eu tinha a certeza de que ela me levaria a um deles. Minha boca salivava quando pensava na sensação de sugar um deles, pois a energia espiritual tornou-se o meu alimento e o meu vício. Era tudo que eu precisava para viver, não poderia ter pena, apenas precisava fazer. Este era o meu destino.



O ato e a misteriosa capacidade de Demitris, o caçador de anjos, despertaram desespero e confusão no Vale dos Anjos como há tempos não se via lá. Nem os mais poderosos seres angelicais entendiam como isso era possível. A paz naquele lugar foi abalada, pois havia um ser humano que tinha um poder que todos desconheciam. Depois de muitas eras, aqueles seres onipotentes temeram o amor de um homem: Dimitris Saloustros.

Ao mesmo tempo da destruição de Obelisco, em um local que era o oposto do tão sereno Vale dos Anjos, um ser nascia desperto do meio de lava. Com uma couraça escura protetora e os olhos vermelhos como fogo despertava um demônio que já fora anjo, seu nome: Obelisco.















Gostaram? Eu adorei! Ainda em primeira pessoa! Me acrescentou muita coisa!



E na semana que vem falarei sobre a bienal de Curitiba onde estarei presente nesse final de semana e será a minha primeira presença no Sul do Brasil!! Será maravilhoso tenho certeza!! Também aproveitarei o gancho para falar sobre a importância da presença do autor em eventos e como funciona no dia a dia!


Valeu pessoal!


Até Mais



Leandro Schulai.

9 comentários:

  1. Que maneira!!!!!
    Poxa gostei muito da fic, deu uma visão da história completamente diferente, surpreendente.
    Muito legal mesmo, adorei ^^

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  2. Sinceramente o texto ficou muito bom, ainda não tive a chance de ler o livro mas se o não oficial foi tão bom imaginem só o oficial!!!
    Parabens pelo livro Schulai e parabens ao autor dessa fic q ficou perfeita!!!!

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Hehehe, bem criativo! Adorei conhecer o seu blog, vou seguí-lo. O seu livro parece ser muito bom! Se precisar de blog parceiro, é só falar. Abraços!

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  5. Oh, fiquei com enorme vontade de ler esta fanfic. Mas ainda não li o livro todo, será que tem problema? É que odeio spoiler, hehe.

    Eu também comecei a escrever com fanfics. Gostava dos temas de Naruto e Resident Evil. Foi realmente uma forma enriquecedora de começar a escrever. Saudades... sei lá, de repente eu faço uma do vale dos Anjos também, hehe.

    Parabéns a você e ao Luiz.

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  6. Parabéeeeeeeeeens pelo livro mais uma vez! Estou louca para ler!

    Desejo muito sucesso!

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  7. É bem pouco o que leio de contos ou parecidos na net... não gosto de ler no PC, mas este me fez abrir uma exceção... comecei no serviço, quando estava com um tempinho de folga e terminei em casa... muito bom e bem escrito.

    Agora só tenho que começar logo a ler o livro desse grande autor Schulai.

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  8. Eu não li a fanfic porque ainda não li o livro e quero ficar livre de spoilers. Mas aplaudo a sua atitude de divulgar e incentivar os seus leitores a escrever fanfics sobre O Vale dos Anjos.
    As pessoas deviam dar mais valor às fanfics. São elas que unem o fandom de um livro/filme/seriado, e mostram aos criadores o quanto as pessoas apreciam sua criatura.

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  9. Pessoal, obrigado pelos elogios ao fanfic hehehe, não se preocupem NÃO TEM SPOILERS nenhum Abraços

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