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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Discussão do Raso x Profundo e Papo fantástica 03

Boa Noite Leitoras e leitores,

Em primeiro lugar gostaria de agradecer os interessados pelo kit e que a promoção continua valendo ein! Não perca a sua chance de adquirir o vale dos anjos + 2 brindes por apenas 30 reais!!

Bom sei que parece moda eu atrasar o post semanal, mas é que ultimamente tem acontecido tanta coisa simultânea que meu tempo para as postagens está escasso, tanto que escrevo esse post as 3 da manhã de quinta! Tenso!!!!

Não perdendo a tradição o post dessa semana traz 3 assuntos.

O primeiro deles é o evento do Papo Fantástica 03.

Esse evento será realizado nesse sábado, as 17 horas na biblioteca Viriato Correa que fica ao lado do metrô Vila Mariana. Uma oportunidade única de verem vários autores reunidos e debatendo diversos assuntos com o nosso convidado especial Silvio Alexandre.

Ele é ninguém menos que o responsável pela análise dos originais recebidos hoje pela Novo Século. Quem está escrevendo seu livro terá uma oportunidade única de conhecer os métodos de escolha de um original e dicas para chamar a atenção de um editor! Está imperdível.

E para melhorar teremos um sorteio de natal: Todos os escritores presentes levarão um livro para sorteio, ou seja, muitas pessoas serão presenteadas nesse natal! Não percam ein!

Endereço: Rua Sena Madureira, 298 - Vila Clementino São Paulo

Bom agora vamos à outra matéria do post!

A Fantástica 04 será publicada essa semana e como uma palhinha do que está para vir colocarei aqui um texto que fiz para a coluna falando no assunto onde discutimos o tema do raso x profundo. Para um livro ser bom ele tem que ser detalhado, com profundidade e alta descrição ou isso soa como um exagero?

Vamos à minha resposta:

A busca pela profundidade de uma obra, acredito eu, não deve ser algo que tenha que ser visto com exclusividade. Se você se preocupa apenas em ser profundo você se esquecerá dos outros elementos fundamentais da sua obra. A questão do quão raso ou quão profundo é um trabalho depende de uma série de fatores. O primeiro deles é justamente a verificação de quantos livros comporão aquela história. Não adianta exigir profundidade de um autor que busca contar toda sua história em três partes. Ou que um escritor seja mais raso sendo que ele necessita contar toda sua trama em apenas um livro. A graça de uma história é justamente fazer com que você a imagine e conheça os personagens aos poucos e vá passando a entender o funcionamento de suas atitudes e o porquê de certas reações. Mais agradável ainda é surpreender o leitor de tal maneira que ele nunca vá imaginar que algo pudesse ter acontecido a aquela história. Mas isso justamente ocorre em obras que não se aprofundam em demasia na sua história e em seus personagens. Vemos por exemplo em Harry Potter que as verdadeiras histórias de seus personagens em alguns casos só aconteceram no último livro (Vide Severo Snape) e que no primeiro título da série pouco se sabia sobre o personagem, mas isso não o desmereceu e nem o tornou raso.
O que não pode acontecer em uma obra é deixar lacunas em aberto. Não explicar um acontecimento na história ou mesmo a personalidade de um personagem permite que o leitor critique a obra e perceba a falta de aprofundamento em certos momentos. Para uma história ter o seu ponto ideal basta que se conte o necessário.
Um exemplo interessante de como o profundo pode se tornar raso é na série LOST. Aprofundando a mitologia e os acontecimentos da série a cada temporada fizeram com que o público se interessasse cada vez mais e buscasse por respostas não explicadas. A série que explorou diversas mídias para aprofundar sua história acabou tornando-se rasa na opinião de alguns fãs ao seu término, já que diversas lacunas foram deixadas em aberto e a falta de aprofundamento e principalmente respostas fizeram com que as pessoas questionassem a capacidade criativa de seus criadores.
O nível de detalhamento em um livro vai muito pelo estilo de cada escritor. Uns descrevem mais do que os outros, mas o principal é aderir à expectativa dos leitores e responder tudo aquilo que foi proposto no começo da obra. Muitas vezes ser raso significa ser prático e direto e dar ao leitor aquilo que ele buscava. Profundidade não é sinal de qualidade, mas quando usada de maneira adequada torna uma obra muito mais interessante e rica permitindo ao leitor viajar pelo universo criado e degustar ainda mais daquilo que foi disponibilizado para sua apreciação. É um recurso que quando bem usado permite ótimos resultados ao trabalho do escritor.



Concordam?


Aguardo opiniões!


Ah e não deixem de conferir a Fantástica 04 que sai agora nesse final de semana! Não percam!


E para a próxima edição boas notícias!

Aguardem!


Até Mais,


Leandro Schulai


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