O Vale dos Anjos o Torneio dos Céus - Capítulo 2: A lembrança - Parte 2

Boa Noite leitoras e leitores!

Hoje finalmente eu termino de postar os capítulos do meu livro que havia prometido. Esse é um dia muito especial (Além de fazer 2 anos de namoro e de ter sido a estréia do Brasil na copa), pois chego a uma etapa muito importante.

Deixo com vocês um bom conteúdo para primeiras impressões e afirmo que seria muito legal se pudesse deixar mais capítulos para leitura, mas infelizmente eu não posso. Não falta muito para a noite de autógrafos. Será logo após a copa e prometo que passará rápido (menos para mim é claro rsrs).

Essa semana receberei a versão diagramada do livro e após isso fico apenas na pendência da capa e tudo estará pronto para o grande evento!

Espero de coração que tenham gostado do que viram até agora. O livro foi feito com muita dedicação e vontade e tentei ao máximo criar algo divertido para vocês!

Bom sem mais enrolação vamos ao final do capítulo 2!!!!








Quando Dimítris se deu conta, já se via em outro momento da sua vida e, desse modo, o tempo foi passando, e ele, percebendo que nada podia fazer, assistia às cenas que iam se reproduzindo diante de seus olhos, entre elas, seu casamento, seu emprego, todos os detalhes de sua vida, até aquele dia, o dia que Dimítris mais esperava: o dia de sua morte.
O dia havia chegado. Dimítris pôde vê-lo deitado na cama, revirando-se, depois novamente se viu levantando e caminhando para a sala de estar, a fim de ouvir uma de suas paixões: os CDs de rock. Ao ver-se na sala de sua casa, não conseguia imaginar aquela situação... Tudo estava muito confuso e sem sentido... Ao amanhecer, ele acompanhou a si próprio durante o cooper. Ele, “o morto”, acompanhou todo o exercício, afinal, aquela tarefa seria importante para que ele pudesse entender o porquê daquela fatalidade. Percebeu que sua face, enquanto dirigia depois do cooper, era pálida, um rosto de insatisfação. Algo de fato não estava fluindo bem, e o grego percebera isso. Aquela visão o fez lembrar de coisas não muito agradáveis a respeito da sua vida, mas, naquele momento, ele não podia fazer nada, até que, de repente... Dimítris percebeu que ele mesmo fechou os olhos e começou a perder os sentidos, e agora reparava que seu “eu” no carro abriu os olhos... Ele se lembrou de ter visto algo estranho e, em vez de olhar para si próprio no carro, olhou fixamente para o possível ser que descrevera antes de sua morte. Por um instante achou que tivesse sido mais um delírio de sua imaginação, mas, por mais incrível que pudesse parecer, tanto ele quanto o Dimítris da imagem, que estava no carro, conseguiam ver aquele ser de túnica e capuz branco, aquele mesmo ser que apenas uma vez na vida podia ser visto... Dimítris então percebeu que o ser falava algo, mas ele podia notar que não era para o Dimítris do carro, e sim para ele, que estava ao lado. Pela primeira vez, ele conseguiu entender o que aquele ser dizia e, para seu espanto, a voz era bem firme, como se estivesse lhe dando uma ordem:
— Saia, garoto, você não pode fazer nada para impedir isso — dizia o ser do capuz. — Venha, não adianta você querer mudar as coisas agora, porque o que você vê neste momento é apenas um filme de sua vida, para que você tenha uma ideia geral dos acontecimentos principais, dos quais, talvez, você não se lembrasse.
Dimítris não acreditava no que ouvia, tudo parecia confuso e sua curiosidade só aumentava. Resolveu que o melhor a fazer era tentar falar com aquele ser:
— Quem é você? — dizia ele. O que você quer comigo? Por que estou aqui? Como você sabe de tanta coisa sobre mim? Não há possibilidade de eu voltar à vida? — essas foram as perguntas que Dimítris fez àquele ser que, de modo muito simpático, procurou explicar-lhe o que estava acontecendo:
— Eu sou conhecido como o guia de enterro, sou aquele que vem no dia da morte de cada humano, na hora exata.
— Mas para quê isso? — retrucava Dimítris.
— Simplesmente por dois motivos: primeiro, é que isso são ordens de superiores, e, segundo, se não fosse por mim, você não poderia ver toda a sua vida. Por esses e outros motivos sou conhecido como guia de enterro... eu te guio para a morte, e quando ela ocorre, eu entro na mente do falecido e faço com que ele retorne para o início de sua vida, a fim de fazê-lo enxergar todos os principais acontecimentos, suas principais alegrias e tristezas, os atos de bondade, os de maldade... mas, obviamente, faço tudo isso com alguns detalhes meus, para que você claramente se lembre de tudo.
— Quem são seus superiores?
— Olha, você acabou de morrer, acabou de ver toda sua vida, por isso, creio que você está perguntando demais. Se eu estivesse no seu lugar, procuraria pensar melhor em tudo e sobre tudo o que você fez em vida.
— Por quê? Diga-me pelo menos seu nome, mostre-me seu rosto.
— O meu rosto, na hora certa você o verá. Além do mais, aqui na Terra eu sou proibido de mostrá-lo para qualquer um, mas, quanto à outra pergunta, posso dizer que meu nome é Obelisco. Não sou o primeiro e nem a último que você verá, portanto, prepare-se.
— Quer dizer que agora eu sou um espírito? Uma alma penada? Como você consegue estar na morte de tantas pessoas se há muitas mortes ao mesmo tempo e em vários lugares do planeta?
— Primeiramente, eu não sou o único que tem esse cargo de guia de enterro, existem muitos seres como eu e, segundo, você não é espírito nem nada, você continua com o seu corpo. Na verdade é assim: você tem dois corpos antes de nascer: um para a vida e outro para a morte. O que você tem na vida é finito... no entanto, o que você possui agora não morre, pois o coração não para... o cérebro funciona para sempre, e o melhor: você não fica doente. Porém, há uma coisa que devo lhe dizer:
— Qualquer machucado que você tiver, não lhe causará dor, mas terá consequências graves se o ferimento for muito intenso, visto que esse ainda é um corpo humano, onde o sangue corre... você respira e tudo mais.
— Eu poderei ver meus familiares? — perguntava novamente Dimítris.
— Olha, rapaz, eu sinceramente não sei. Agora, sem mais perguntas, pois, como lhe disse há pouco, não tenho a morte toda para responder a todas elas. Além do mais, eu, no seu lugar, estaria muito preocupado e procuraria rever todos os detalhes da minha vida.
— Por quê?
— Hããããã! Você quer mesmo saber?
— Quero, quero sim, aliás, quero muito! Por favor, não me deixe nervoso, eu sempre acreditei que a morte não era o final de tudo, mas não sei o que vem depois dela, portanto, eu imploro: por favor, me explique para o quê eu devo me preparar.
— Olha, não é de meu feitio estragar surpresas, mas como gostei do seu jeito e vi que você tem ideias diferentes a respeito da vida, coisa muito admirável entre os mortos, eu vou lhe contar.
— Então fale.
O ser do capuz já podia perceber a forte personalidade daquele rapaz. Em geral, quando as pessoas se encontravam com ele pela primeira vez ficavam apavoradas e sem vontade de pensar em nada, entretanto, aquele garoto, além de pensar em tudo, ainda estava curioso para saber sobre todos os detalhes. Ele era muito observador e astuto, por isso merecia ter algumas informações, mesmo que elas não o agradassem muito:
— Tudo bem, se quer tanto saber, se prepare, pois quando você acordar novamente, estará no seu julgamento, um julgamento sobre toda a sua vida e, então, decidiremos se você irá descansar ou ser preso, ou seja, esse julgamento decidirá o seu destino eterno: o paraíso ou as oito prisões.





É isso ai galera! Gostaram? Te deixaram mais curiosos?? rsrs!! Espero que sim! E que essa curiosidade aumente e que o gosto pelo livro também!

Já posso adiantar que a obra será dividida em seis livros por isso não esperem por todas as respostas logo na primeira edição, já que é uma história contada por partes!

Bom é isso!

Semana que vem, sem capítulos para mostrar debaterei um tema bem legal e que será abordado na próxima edição da FANTÁSTICA em Julho!!


Até Mais.


Leandro Schulai.